quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CE – Kicker Cearense é destaque em Universidade nos Estados Unidos

Kicker cearense de um time universitário nos EUA mostra que o maior talento do brasileiro está mesmo é nos pés

O futebol americano surgiria pouco tempo depois, fruto da paixão pela bola, só que a redonda. Pery jogava futebol (o nosso, chamado por eles de "soccer") na escola. "Depois de dois anos, um treinador disse que eu podia chutar, porque já jogava futebol. Bastou ver um chute meu e ele soube que eu ia entrar no time", conta o estudante.

Melhor do país

E foi no Trinity Trojan, equipe de futebol americano de sua "high school" (equivalente ao ensino médio no Brasil), que ele teve seus momentos mais gloriosos. "No primeiro ano em que joguei, ganhamos o estadual, fomos rankeados como o 25º melhor time do país. No ano passado, ganhamos de novo e fomos rankeados em 1º", relembra. À reportagem do Diário do Nordeste, Pery exibe dois grandes anéis que simbolizam as conquistas. Numa delas, se sagrou herói do título. Em 2007, com um chute ("field goal", que vale três pontos) de uma distância de 23 jardas, na 2ª prorrogação.

Após o sucesso no Texas, como havia terminado a high school, se mudou para o estado do Missouri, no centro-oeste americano a fim de cursar administração pela Valley College. Atualmente iniciando o 3º semestre do curso, está aguardando a hora de estrear pelo Missouri Valley College Vikings, equipe da universidade. A vaga no time lhe proporciona uma bolsa integral de estudos.

NO CEARÁ

Esporte já avança várias jardas

Enquanto espera ansiosamente para acompanhar o início da temporada da National Football League (NFL), a milionária liga de futebol americano dos EUA, Gabriel Campelo continua sua sina de ser um dos divulgadores incansáveis do esporte no Ceará e Nordeste do País.

O comerciante de 25 anos, que nunca esteve nos EUA para ver um jogo de futebol americano (ele revela que esse é seu maior sonho de consumo) é jogador da equipe Jaguars Fortaleza, fundada em novembro de 2008. "Acho que o esporte já está vingando, virando uma coisa muito séria por aqui", defende. Campelo baseia sua afirmação nos números, calculando um crescimento de cerca de 300% no número de praticantes nos últimos anos na região Nordeste. "O futebol americano no Ceará tem uma empresa de marketing privada, o que nem um clube de futebol tem no Estado, cuidando da imagem do nosso esporte. Ano passado, em Fortaleza, só tinha dois times de futebol americano. Hoje, nós temos 5 times principais mais um da categoria júnior". Campelo informa, ainda, que o fenômeno se espalha com vigor pelo interior do Estado, com 40 equipes inscritas na federação local.

O atleta assegura que o movimento em torno da prática esportiva é nacional, com diversas competições e atletas federados espalhados pelo Brasil. "Pelo tempo que o futebol americano tem no Brasil, está tendo um crescimento em progressão geométrica", se entusiasma Campelo. Ele, no entanto, lamenta a falta de campos para treinar em Fortaleza. "A gente precisa de campos com grama. Estamos desesperados, a palavra é essa. Treinamos no Aterro da Praia de Iracema, mas não é o ideal".

Ainda neste ano de 2009, a Federação Cearense de Futebol Americano, de acordo com seu presidente, Napoleão Araújo, deseja organizar o "Ceará Bowl", envolvendo cinco times da Capital, e receber o "2º Nordeste Bowl", envolvendo seis times de toda a região.

Matéria enviada por Gabriel Campelo e originalmente publicada no Diário do Nordeste.

Nenhum comentário: